O VII Fórum Nacional de Políticas de Saúde no
Brasil promoveu, nesta terça-feira, 28 de abril, um importante e urgente
debate acerca das ações de prevenção e controle das doenças transmissíveis em
âmbito nacional, com objetivo de discutir ideias para criação de uma agenda propositiva
ao enfrentamento desses e outros desafios na área da Saúde.
A sétima edição do
evento contou com a presença da senadora Ana Amélia, que enalteceu a
importância do debate e a necessidade de um marco regulatório para pesquisas
clínicas. “Precisamos desburocratizar as pesquisas em uma ação conjunta. Quem
ganha com esta ação são os brasileiros. O Brasil ganha com isso”, defendeu.
Militante da saúde, o
deputado federal Osmar Terra destacou o momento atual como um dos mais difíceis
no setor. “Não pode faltar vacina”, observou, ao falar sobre a distribuição dos
recursos de controle das doenças transmissíveis. Na oportunidade, se
comprometeu em buscar alternativas de financiamento da Saúde no Brasil, por
meio da Frente Parlamentar da Saúde. “O momento é de reflexão, independente de
partidos e visões ideológicas”, ponderou.
A desigualdade social como
um dos maiores desafios para a saúde no Brasil. A afirmativa foi do deputado
federal Odorico Monteiro. Segundo o parlamentar, a violência e o tráfico de
drogas em algumas regiões também prejudicam o acesso de vacinas a determinadas
localidades. “Apesar do reaparecimento de doenças do passado, como o sarampo,
temos avançado. A vacina do HPV é um exemplo disso”, afirmou. Por outro lado,
também teceu críticas à burocracia do registo de pesquisas clinicas. “O Brasil
é um país que está vivendo mais. Temos que pensar no ônus dessa realidade. Mas,
a burocracia prejudica os avanços que precisamos ter para seguir evoluindo”,
concluiu.
“O aumento dos casos de
doenças transmissíveis é um fenômeno que ocorre em todo o país. Vivemos um
momento crítico na saúde e sabemos que doenças que não existiam estão surgindo.
Temos a evolução de doenças, como a tuberculose, por exemplo, que está
ressurgindo com tratamentos que reduzem a resistência do paciente”, avaliou o
secretário de Saúde do DF, João Batista Sousa. Segundo ele, doenças como
sarampo, dengue e febre Chikungunya também são um desafio. “Neste fórum temos a
oportunidade de pensar e refletir sobre tratamentos e ações de prevenção dessas
doenças, que registram surto, como no DF, que felizmente teve uma queda no
número de casos de dengue, de 2014 para 2015”, contabilizou.