quarta-feira, 29 de abril de 2015

Autoridades discutem cenário atual das doenças transmissíveis no Brasil

O tema movimentou o Interlegis (Senado Federal) nesta terça-feira, 28, e reuniu parlamentares, representantes do governo local e nacional e profissionais da saúde

O VII Fórum Nacional de Políticas de Saúde no Brasil promoveu, nesta terça-feira, 28 de abril, um importante e urgente debate acerca das ações de prevenção e controle das doenças transmissíveis em âmbito nacional, com objetivo de discutir ideias para criação de uma agenda propositiva ao enfrentamento desses e outros desafios na área da Saúde. 

A sétima edição do evento contou com a presença da senadora Ana Amélia, que enalteceu a importância do debate e a necessidade de um marco regulatório para pesquisas clínicas. “Precisamos desburocratizar as pesquisas em uma ação conjunta. Quem ganha com esta ação são os brasileiros. O Brasil ganha com isso”, defendeu.

Militante da saúde, o deputado federal Osmar Terra destacou o momento atual como um dos mais difíceis no setor. “Não pode faltar vacina”, observou, ao falar sobre a distribuição dos recursos de controle das doenças transmissíveis. Na oportunidade, se comprometeu em buscar alternativas de financiamento da Saúde no Brasil, por meio da Frente Parlamentar da Saúde. “O momento é de reflexão, independente de partidos e visões ideológicas”, ponderou.

A desigualdade social como um dos maiores desafios para a saúde no Brasil. A afirmativa foi do deputado federal Odorico Monteiro. Segundo o parlamentar, a violência e o tráfico de drogas em algumas regiões também prejudicam o acesso de vacinas a determinadas localidades. “Apesar do reaparecimento de doenças do passado, como o sarampo, temos avançado. A vacina do HPV é um exemplo disso”, afirmou. Por outro lado, também teceu críticas à burocracia do registo de pesquisas clinicas. “O Brasil é um país que está vivendo mais. Temos que pensar no ônus dessa realidade. Mas, a burocracia prejudica os avanços que precisamos ter para seguir evoluindo”, concluiu.

“O aumento dos casos de doenças transmissíveis é um fenômeno que ocorre em todo o país. Vivemos um momento crítico na saúde e sabemos que doenças que não existiam estão surgindo. Temos a evolução de doenças, como a tuberculose, por exemplo, que está ressurgindo com tratamentos que reduzem a resistência do paciente”, avaliou o secretário de Saúde do DF, João Batista Sousa. Segundo ele, doenças como sarampo, dengue e febre Chikungunya também são um desafio. “Neste fórum temos a oportunidade de pensar e refletir sobre tratamentos e ações de prevenção dessas doenças, que registram surto, como no DF, que felizmente teve uma queda no número de casos de dengue, de 2014 para 2015”, contabilizou.


Nenhum comentário:

Postar um comentário