Os
avanços no tratamento do diabetes, as dificuldades do paciente e de sua
família, bem como as experiências educacionais para adesão aos
tratamentos, foram foco de discussão no o IX Fórum Nacional de
Medicamentos no Brasil – Diabetes, nesta quinta-feira, 21 de setembro,
em Brasília. As insulinas análogas de ação rápida para Diabetes Mellitus
Tipo 1, incorporadas ao SUS pela CONITEC e com previsão de
disponibilização em janeiro de 2018, foram um dos assuntos de destaque. A
novidade, já aprovada e publicada em Diário Oficial, significa uma
melhoria na qualidade de vida da população que sofre com a doença no
país. O evento lotou o auditório do Interlegis, no Senado Federal, das 9
às 13h.
Presente
na mesa de abertura do evento, a deputada federal Carmen Zanotto
(PPS/SC) aproveitou sua participação na mesa de abertura do evento para
anunciar e comemorar a instalação, ontem, da Frente Parlamentar de
Combate ao Diabetes, presidida por ela. “Cabe a nós, a cada gestor, e a
nós do parlamento, construir e consolidar cada vez mais esse sistema
público de saúde. Cada um de nós, precisamos ser construtores, ajudando
na implementação desta política pública”, disse, com relação às
insulinas análogas no SUS. “Nosso SUS tem fragilidades, tem
dificuldades, mas também há avanços. Parabéns a todos que lutaram por
essa insulina e obrigada a toda equipe da CONITEC. Quem ganha com isso
são os pacientes e seus familiares”, finalizou.
O
deputado federal Leonardo Quintão (PMDB/MG) parabenizou a criação da
frente parlamentar na qual ele também participa ativamente e falou da
dificuldade de informação e do diagnóstico do Diabetes. “Há uma decisão
quando se tem a informação. Mas, boa parte da população brasileira não
sabe que tem diabetes”, atentou. Segundo ele, o agente público tem a
obrigação e a oportunidade de trabalhar com a política pública, como
sendo a melhor maneira de salvar vidas. “O diabetes tira a qualidade de
vida da pessoa anos e anos antes dela ser hospitalizada, gera um
sofrimento ao paciente e a todos da sua família”, disse, destacando, que
fazer chegar a informação ao paciente é uma das principais missões dos
agentes envolvidos, canalizando recursos para oferecer os melhores
tratamentos.
“Estamos
otimizando o fluxo de compra das insulinas, tão importante para a vida
dos diabéticos, na forma como solicitada pelos estados e o Distrito
Federal, contribuindo para que os profissionais possam exercer suas
atividades. Nossa principal meta é dar acesso a esses pacientes”,
garantiu o coordenador geral de Assistência Farmacêutica Básica da
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério
da Saúde, Antônio Raimundo Leal Barbosa. Ele elogiou, ainda, a
oportunidade oferecida pelo evento de debater o tema transversalmente.
Cinthia
Vieira, da Sociedade Brasileira de Nefrologia, se disse honrada em
participar desta edição do Fórum. “Essa é uma iniciativa que só vem
contribuir e beneficiar os milhões de pacientes que se encontram nessa
situação, com diabetes. Sabe-se que o diabetes é um grande desafio para a
saúde pública. Sabe-se que um a cada dez brasileiros apresenta um tipo
de deficiência renal no Brasil e a relação entre distúrbios renais e o
diabetes está fortemente associada”, pontuou. Para ela, não há nada mais
lógico do que estas duas sociedades se unirem para trabalhar em
conjunto.
Hermelinda
Pedrosa, assessora para Assuntos Governamentais da Sociedade Brasileira
de Diabetes (SBD), parabenizou a iniciativa do Programa em debater mais
uma vez o problema do diabetes no Brasil. “O papel da SBD é fomentar e
espalhar o conhecimento, destacando e repassando essas informações aos
gestores de saúde. Procuramos nos integrar com as associações de
diabetes, estaduais e municipais, para que essa integração resulte na
ampliação da disponibilidade de melhores terapêuticas, para que se
atinja assim maior qualidade de vida aos diabéticos”, afirmou. De acordo
com ela, além do tratamento é importante focar principalmente na
prevenção e com dados mais precisos. “Quando se tem uma radiografia
melhor do problema, pode-se então, de fato atingir um maior número de
pessoas”.
Hermelinda
moderou ainda a mesa técnica do Fórum, composta por: Karla Melo,
endocrinologista e médica colaboradora da equipe de Diabetes do Hospital
das Clínicas da FMUSP; Balduino Tschiedel, diretor presidente do
Instituto da Criança com Diabetes de Porto Alegre; e Vanessa Pirolo,
conselheira da ADJ Diabetes Brasil. Para acessar a cobertura completa
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