segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Senado Federal recebe debate nacional sobre Diabetes

O Programa Ação Responsável realizou, no dia 21 de setembro, o IX Fórum Nacional de Medicamentos. O Diabetes foi tema central do evento, que colocou em pauta o papel de todos os setores envolvidos nos avanços da prevenção, tratamento e controle da doença no país.

Os avanços no tratamento do diabetes, as dificuldades do paciente e de sua família, bem como as experiências educacionais para adesão aos tratamentos, foram foco de discussão no o IX Fórum Nacional de Medicamentos no Brasil – Diabetes, nesta quinta-feira, 21 de setembro, em Brasília. As insulinas análogas de ação rápida para Diabetes Mellitus Tipo 1, incorporadas ao SUS pela CONITEC e com previsão de disponibilização em janeiro de 2018, foram um dos assuntos de destaque. A novidade, já aprovada e publicada em Diário Oficial, significa uma melhoria na qualidade de vida da população que sofre com a doença no país. O evento lotou o auditório do Interlegis, no Senado Federal, das 9 às 13h.

Presente na mesa de abertura do evento, a deputada federal Carmen Zanotto (PPS/SC) aproveitou sua participação na mesa de abertura do evento para anunciar e comemorar a instalação, ontem, da Frente Parlamentar de Combate ao Diabetes, presidida por ela. “Cabe a nós, a cada gestor, e a nós do parlamento, construir e consolidar cada vez mais esse sistema público de saúde. Cada um de nós, precisamos ser construtores, ajudando na implementação desta política pública”, disse, com relação às insulinas análogas no SUS. “Nosso SUS tem fragilidades, tem dificuldades, mas também há avanços. Parabéns a todos que lutaram por essa insulina e obrigada a toda equipe da CONITEC. Quem ganha com isso são os pacientes e seus familiares”, finalizou.

O deputado federal Leonardo Quintão (PMDB/MG) parabenizou a criação da frente parlamentar  na qual ele também participa ativamente e falou da dificuldade de informação e do diagnóstico do Diabetes. “Há uma decisão quando se tem a informação. Mas, boa parte da população brasileira não sabe que tem diabetes”, atentou. Segundo ele, o agente público tem a obrigação e a oportunidade de trabalhar com a política pública, como sendo a melhor maneira de salvar vidas. “O diabetes tira a qualidade de vida da pessoa anos e anos antes dela ser hospitalizada, gera um sofrimento ao paciente e a todos da sua família”, disse, destacando, que fazer chegar a informação ao paciente é uma das principais missões dos agentes envolvidos, canalizando recursos para oferecer os melhores tratamentos.

“Estamos otimizando o fluxo de compra das insulinas, tão importante para a vida dos diabéticos, na forma como solicitada pelos estados e o Distrito Federal, contribuindo para que os profissionais possam exercer suas atividades. Nossa principal meta é dar acesso a esses pacientes”, garantiu o coordenador geral de Assistência Farmacêutica Básica da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Antônio Raimundo Leal Barbosa. Ele elogiou, ainda, a oportunidade oferecida pelo evento de debater o tema transversalmente.

Cinthia Vieira, da Sociedade Brasileira de Nefrologia, se disse honrada em participar desta edição do Fórum. “Essa é uma iniciativa que só vem contribuir e beneficiar os milhões de pacientes que se encontram nessa situação, com diabetes. Sabe-se que o diabetes é um grande desafio para a saúde pública. Sabe-se que um a cada dez brasileiros apresenta um tipo de deficiência renal no Brasil e a relação entre distúrbios renais e o diabetes está fortemente associada”, pontuou. Para ela, não há nada mais lógico do que estas duas sociedades se unirem para trabalhar em conjunto.

Hermelinda Pedrosa, assessora para Assuntos Governamentais da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), parabenizou a iniciativa do Programa em debater mais uma vez o problema do diabetes no Brasil. “O papel da SBD é fomentar e espalhar o conhecimento, destacando e repassando essas informações aos gestores de saúde. Procuramos nos integrar com as associações de diabetes, estaduais e municipais, para que essa integração resulte na ampliação da disponibilidade de melhores terapêuticas, para que se atinja assim maior qualidade de vida aos diabéticos”, afirmou. De acordo com ela, além do tratamento é importante focar principalmente na prevenção e com dados mais precisos. “Quando se tem uma radiografia melhor do problema, pode-se então, de fato atingir um maior número de pessoas”.

Hermelinda moderou ainda a mesa técnica do Fórum, composta por: Karla Melo, endocrinologista e médica colaboradora da equipe de Diabetes do Hospital das Clínicas da FMUSP; Balduino Tschiedel, diretor presidente do Instituto da Criança com Diabetes de Porto Alegre; e Vanessa Pirolo, conselheira da ADJ Diabetes Brasil. Para acessar a cobertura completa com fotos, vídeos e palestras apresentadas CLIQUE AQUI.

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