sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Um ditador escrachado

 
O novo filme do ator Sacha Baron Cohen, “O Ditador”, narra a saga de Aladeen, rei de uma fictícia nação africana em viagem aos Estados Unidos. Na terra do Tio Sam, ele sofre um golpe e é substituído por um sósia

Um ditador caricato, obsceno, cômico e assassino. Este é Aladden (Sacha Baron Cohen), protagonista do filme “O Ditador”. O filme é um daqueles pastelões americanos que arrancam boas gargalhas do público, do início ao fim da trama. Há comédias – estilo American Pie – que só agradam a adolescentes e apreciadores de filmes de humor bobalhões. Digamos que o ditador, certamente, fará sucesso com esse feixe, por possuir um humor escrachado, que mescla obscenidade, a piadas que abordam a questão do terrorismo, do capitalismo, ora de maneira engraçada, ora  de forma excessivamente tola.
  
 Aladden é ditador da pequene Wadiya. Odiado pelo seu povo, que aspira pela democracia, ele desfruta de todas as regalias que um rei pode almejar. Vive cercado de luxo, possui as mulheres mais belas do mundo e assassina naturalmente todas as pessoas que o contrariam. Em “O Ditador”, isso tudo se torna engraçado, quando não soa à forçação de barra.
 
  
Devido a problemas de relacionamento com a ONU, Aladeen se vê obrigado a visitar Nova Iorque. Na verdade, tudo não se passava de um golpe para destituí-lo do posto de ditador. Ao chegar na terra do Tio Sam, Aladden tem a sua característica barba cortada e se vê sozinho nas ruas nova-iorquinas. Um homem acostumado a mandar e desmandar e ser idolatrado por tudo e todos, se vê na sarjeta, como um Zé Ninguém, alias, sem sua barba, ninguém sabia de quem se tratava. Nesse cenário, ele conhece Zoey (Anna Faris), uma dona ativista, com longos cabelos nas axilas, intitulada por ele de “Justin Bieber gorducha” e “Harry Potter”. Forçado pela ocasião, Aladeen começa a trabalhar na loja de produtos naturebas de Zoey para conseguir acesso a uma solenidade em que o seu sósia estaria presente. Tudo na esperança de tomar seu posto novamente e não permitir que a Democracia fosse instaurada na sua pátria.
  
Com um orçamento de US$ 65 milhões e um marketing agressivo, certamente, “O Ditador” levará aos cinemas muitas pessoas que soltarão gargalhadas durante todo o filme, mas que no final verão que o longa não possui essência suficiente.
 

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