quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Acesso e regulamentação de remédios em debate no Senado

O VII Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasil reuniu nesta terça-feira (15), no Senado Federal, importantes nomes da área de Saúde do País. Políticas públicas e estratégias de acesso aos medicamentos, inovação tecnológica, regulamentação e o desafio no tratamento de doenças crônicas e raras foram foco do debate

Autoridades do setor de saúde público e privado, pesquisadores e parlamentares, se reuniram para debater o acesso a medicamentos, no VII Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasil, na manhã dessa terça-feira, 15, no auditório do Interlegis, no Senado Federal.

Na oportunidade, os debatedores trataram de questões relativas à temática do evento, incluindo as doenças raras, crônicas e outras. Caso do AVC, que já foi uma das doenças que mais matou no País. Houve redução, contudo, ainda com alto índice de mortalidade, cerca de 400 mil casos por ano.

Na maioria, esses casos ocorrem por falta de informação sobre prevenção já nos sintomas, conforme explicou a professora do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo, Giselle Silveira. “É possível com a incorporação de alguns medicamentos melhorar a qualidade de vida do paciente, que tem cerca de 4 horas e meia para receber as primeiras medicações a partir dos primeiros sintomas”.

A situação de emergência na saúde vivida pelo Brasil veio à tona na fala de vários debatedores, que citaram o avanço da dengue e da microcefalia, além do pânico gerado pelo Zika vírus, doenças que são transmitidas pelo Aedes Aegypti. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos do Ministério da Saúde, Eduardo Costa, explicou que a situação de emergência é para evitar entraves burocráticos. Para ele, o momento de instabilidade representa também oportunidade de o País pensar soluções definitivas para combater o Zika vírus, agente completamente desconhecido no mundo. “O Brasil está no momento de resolver um problema para o mundo”.

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Pedro Ivo Sebba Ramalho, destacou que a Anvisa trabalha de forma pioneira na implementação de política de regulamentação. ”A agência edita uma agenda regulatória há quatro anos com revisão bienal e ajustes pontuais para que a sociedade e o setor saibam com antecedência quais regulamentos serão priorizados”.

Outro tema de destaque foi as Parcerias de Desenvolvimento Produtivos (PDPs), política pública do governo, que trouxeram redução do déficit da indústria, que é bastante elevada, de cerca de U$12 bilhões, conforme informou Marcos Simões, diretor do Departamento de Setores Intensivos em Capital e Tecnologia, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Além de promover maior industrialização e contribuição para melhor apropriação para tecnologia de ponta, no sentido de aumentar o acesso da população ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A judicialização da medicação foi criticada pela diretora do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias do Ministério da Saúde, Clarice Petramale. Segundo ela, na maioria dos casos, a medicação acaba sendo descartada por não ser adequada ao paciente, contudo, representa um ralo de desperdício do orçamento da saúde. A diretora ainda explicou que a regulamentação de medicamentos é cercada de cuidados na exigência do registro por segurança e não simples burocracia. “Não existe outro caminho que não seja pela regulamentação”, afirmou.

Por outro ponto de vista, a professora Ana Maria Martins, da Universidade Federal de São Paulo, abordou a judicialização de medicamentos de forma positiva, no caso das doenças raras. “Esse paciente acaba convivendo com a judicialização. Não aquela que o medicamento não funciona e muitas vezes nem tem registro, mas aquela que o medicamento demora muito para chegar ao paciente”.

Participaram do evento também o gerente de Regulação de Mercados da SINDUSFARMA, Bruno Abreu; a superintendente de Medicamentos e Produtos Biológicos da ANVISA, Meiruze Sousa Freitas e André Ulysses de Carvalho Lacerda, consultor da Unidade Técnica de Medicamentos e Tecnologias em Saúde (OPAS\ONU). A Senadora Ana Amélia (PDT-RS), o deputado federal, Odorico Costa (PT-CE) e o deputado federal Diego Garcia (PHS-PR), estiveram presentes na abertura do Fórum, que foi mediado por João Sanches, consultor na área de acesso a mercado e saúde, CEO da NVS holding e consultor sênior da ASG – Albright Stonebridge Group.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Parlamentares e autoridades debatem Medicamentos no Senado

 “Estratégias para acesso a novos medicamentos” é tema do VII Fórum Nacional de Medicamentos no Brasil, no dia 15 de dezembro, no Senado Federal.

O mercado farmacêutico é considerado um dos setores de maior crescimento da economia brasileira. O país é o sexto maior mercado de fármacos e medicamentos do mundo, com perspectiva de ocupar a quarta posição até 2016, segundo dados do IMS Health. Entretanto, apesar de o Brasil ser um grande consumidor de medicamentos, a saúde continua sendo apontada como o maior problema para a população, e a dificuldade de acesso aos medicamentos, uma das principais queixas. A grande incidência de doenças cardiovasculares é também reflexo desse quadro. Elas são a principal causa de morte em todo o mundo. Somente no Brasil, 300 mil pessoas morrem anualmente, ou seja, um óbito a cada dois minutos. Já, as doenças raras - de origem genética, que causam sérias deficiências físicas, visuais, comportamentais, auditivas, intelectuais, mentais ou múltiplas - afetam aproximadamente 16 milhões de pessoas - de acordo com a OMS. Visando debater a temática dos Medicamentos e suas particularidades, o Instituto Brasileiro de Ação Responsável realiza a sétima edição do Fórum Nacional de Medicamentos no Brasil, no dia 15 de dezembro, no Senado Federal.

O VII Fórum Nacional de Medicamentos no Brasil reúne autoridades da área de saúde para debater temas relevantes da área de saúde, entre eles, políticas de Incentivo a novos medicamentos, ambiente regulatório, incorporação de novos medicamentos nos sistemas de saúde, estratégias para ampliar o acesso aos medicamentos para o tratamento de doenças cardiovasculares, desenvolvimento de novos medicamentos para doenças raras, além de desafios do setor. O evento tem início às 9h. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pelo site www.acaoresponsavel.org.br.


Serviço: VII Fórum Nacional de Medicamentos no Brasil
Data: 15 de dezembro, terça-feira, das 9 às 14h
Local: auditório Antônio Carlos Magalhães do Interlegis - Senado Federal (Brasília/DF)
Realização: Instituto Brasileiro de Ação Responsável
Coordenação: Agência de Integração à Saúde, Meio Ambiente e Desenvolvimento
Social do Brasil - Íntegra Brasil - sob coordenação da doutora Edilamar Teixeira
Parceiras: Congresso Nacional; Ministério da Saúde; Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD; Agência Íntegra Brasil e Interlegis
Patrocínio: MSD, Sanofi Medley, Bayer e Genzyme
Inscrições gratuitas pelo site www.acaoresponsavel.org.br

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Banda Seu Preto apresenta projeto “Tocando por mudança”em Samambaia



O projeto desembarca em Samambaia nos dias 4 e 5 de dezembro. Apresentações musicais da banda Seu Preto e o Museu Itinerante da Musica Negra Brasileira - que conta a história da Black Music Brasileira -, marcam o encerramento da iniciativa em 2015


Cultura negra em alta no Distrito Federal. A Banda brasiliense Seu Preto homenageia a música negra brasileira com o projeto “Tocando por mudança". O projeto, que passou pelas cidades de Itapoã, Paranoá e São Sebastião, tem o seu encerramento nos dias 4 e 5 de dezembro (sexta e sábado), às 21h, em Samambaia, no Espaço Imaginário Cultural. O evento é gratuito e a classificação indicativa livre.

O projeto “Tocando por Mudança” associa música e artes visuais. Além dos shows há ainda o Museu Itinerante da Musica Negra Brasileira, que apresenta a história da Black Music, por meio de painéis. A mostra exibe o princípio do movimento Black nos Estados Unidos e se destaca os principais personagens da Black Music Brasileira, como Gerson King Combo, Big Boy, Tony Tornado, Cassiano, Tim Maia, Jorge Ben e outros.

A banda Seu Preto de dedica à Black Music brasileira há 20 anos. Com influências de Tim Maia, Jorge Ben, Toni Tornado e Cassiano, o show da banda transita entre a apresentação de músicas autorais, do CD “Soul Negro do Brasil”, e grandes sucessos do estilo. Ulysses X (voz), Rodrigo Stélio (voz), Jair Santiago (guitarra e voz), Raul Santiago (baixo), Jorge Bittar (teclados) e Amaro Vaz (bateria) compõem o grupo, que tem como marca registrada a maturidade musical. Os integrantes do Seu Preto são precursores da música negra independente da capital e fizeram história nas bandas Plastika, BSB Disco Club, Natiruts, Black Brasil, Indiana Trio, A Caixa, In Natura, entre outras.

Serviço: Encerramento do “Tocando por mudança”
Data:  4 e 5 de dezembro , sexta e sábado, às 21h
Local: Samambaia - Espaço Imaginário Cultural
Classificação indicativa livre
Informações: 61 9617-7136